domingo, 24 de julho de 2011

"I'm coming clean for Amy..."

Eu vou ser honesta... haviam muitas coisas na Amy que eu não gostava ultimamente, mas não vim aqui pra criticá-la. Afinal, não é isso que se faz quando uma pessoa morre. Há um lado lindo na hipocrisia, que é o costume de quase endeusar quem se foi. Mas não vim aqui pra fazer isso também. 
Quero apenas registrar algo que eu gostava muito na Amy como artista: suas letras.

Nós vivemos em uma época onde música se tornou algo extremamente produzido e comercial. As letras não falam mais de situações e sentimentos reais. Parecem mais um conjunto de frases elaboradas para que um público específico se identifique com elas e passe a consumi-las como um produto. A Amy fugia desse mercado musical. As letras eram autobiográficas e isso é um das coisas que eu mais valorizo quando se fala de música. Não quero que cantem aquilo que eu possivelmente gostaria de ouvir! Me cante sobre você, sobre a sua vida. Se eu me identificar ou me interessar, pronto, passa a existir uma relação real da pessoa no palco (ainda que caindo de bêbada) e aquele na platéia (que comprou o ingresso à tôa).


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