quarta-feira, 11 de agosto de 2010

What I've been up to these days...

Há umas duas semanas, mais especificamente em um domingo a noite, eu estava no youtube, buscando vídeos sobre meu assunto preferido: serial killers. Eu achava que já havia visto tudo de realmente interessante sobre o assunto que há na internet. As pesquisas estavam começando a ter resultados repetitivos. Há anos que casos como o de Aileen Wournos, Ted Bundy e Jeffrey Dahmer me intrigam. Como eu disse para minha irmã S. uma vez, "se não houvesse ninguém que achasse interessante e estivesse disposto a estudar e fuçar em defuntos, não existiria autópsia e a partir daí, um monte de gente ia morrer sem que soubessem o real motivo". É, não foi o melhor argumento. Mas minha intenção foi, meio que de improviso na discussão, explicar pra ela, que já vem me irritando há tempo em relação a isso, que meu interesse por assassinos em série, é normal e (porra!) não me torna um deles. Cada um se sente "atraído" por um assunto, oras. Ela mesma, vive há anos, de lá e de cá com livros sobre vampiros. Me lembro que desde a infância eu a via lendo Anne Rice e eu NUNCA a julguei por isso. E pra quem crê no argumento de que ficção tem um peso menor do que a realidade e por isso seria okay ler sobre vampiros, mas doentio ler sobre psicopatas... err... convença a própria Anne Rice disso. Depois de perder a filha e o marido, ela se voltou ao cristianismo (tudo bem que desistiu um tempo depois, segundo a própria, em nome de Jesus) e parou de escrever sobre esses seres das trevas.
Bom, saindo da defensiva e voltando ao que comentei no começo do post... Eu estava no youtube quando encontrei um vídeo que nunca havia visto antes (não sei como), sobre um rapaz chamado Jason Moss. Aos 18 anos, ele resolveu estudar os serial killers e passou a escrever cartas pra eles. Para cada um, ele escrevia se passando por um tipo de pessoa que interessaria ao assassino. A intenção do Jason era de ganhar a confiança deles e possivelmente descobrir revelações que não haviam sido confessadas. Ele estava no primeiro ano da faculdade de direito quando começou a "brincadeira" e pretendia usar o que conseguisse em trabalhos escolares e quem sabe, colocar no seu currículo para um dia se tornar um membro do FBI. Ele, com o tempo, virou BFF do Gacy, trocava cartas e telefonemas constantes. Se correspondia com Ramirez, Manson e até o Dahmer, que não escrevia pra ninguém, mas caiu no conto do Jason. O garoto acabou se isolando do mundo durante esses meses, completamente voltado à comunicação com seus novos amiguinhos. No entanto, as coisas saíram do controle mesmo, quando ele foi visitar o Gacy no corredor da morte e bem, quase que quem morreu foi é ele. Não quero entrar em detalhes... até por que, não achei quase material nenhum na internet sobre o assunto e não vou ser eu que vou disponibilizar. A história toda dessa experiência do Jason, virou um livro chamado The Last Victim, escrito por ele. Ironicamente, o título do livro, no futuro, faria mais sentido do que ele imaginaria. Pensei em comprar pelo Amazon, mas eu ainda estava esperando A Father's Story e por mais barato que fosse em dólares, na conversão pro real e com o preço da entrega, ficaria bem caro. Mas eu PRECISAVA ler o tal livro. Eu me lembro de ter ficado deslumbrada, é, esta é a a palavra, com o Jason! Pensava e até tuitava... "Nohohohossa, Jason Moss é o cara! Ele é ídolo! Um gênio, porra! O cara fez aquilo que eu sonharia em fazer, se ao menos tivesse um dia tido a idéia! (ok, se bem que... me correspondi [com inglês péssimo] quando 16 anos, com o Marty Puccio, isso conta?) O cara foi além, o cara... o cara é foda!O cara... se matou?". Sim, tá aí um bom motivo pra eu não ter encontrado o twitter do Jason. Dia 06/06/06 ele meteu uma bala na própria cabeça. Por quê? Pelo que li, ninguém sabe ao certo. CLARO, todo mundo associou ao contato e o trauma que ele sofreu se relacionando com esses caras e até mesmo, devido a data do acontecido, ao estudo de satanismo que ele fez, quando quis criar o personagem pra se corresponder com o a Ramirez.
Bom, acho que já deu pra perceber, que no final achei o livro, ? Na verdade, foi um sacrifício, mas consegui um PDF perfeito (por torrent) e imprimi eu mesma. O cartucho da minha impressora estava em promoção no Kalunga, aproveitei e encomendei também um pacote de folhas recicladas e imprimi página por página. Sexta a noite e eu no computador, "montando" o livro, cerca de 300 páginas. Levei pra encadernar e tudo, pra só depois começar a ler. Valeu o esforço, se é que devo chamar assim, já que achei patéticamente divertido o processo todo.




O livro me afetou bastante. Não sei o que me perturbava mais: os relatos do Jason sobre os assassinos; a identificação que eu sentia com ele quando descrevia a forma patética com que as pessoas julgavam o seu interesse; ou saber que aquele rapaz no futuro, não seria capaz de suportar o que experienciou.







Um dos motivos pelo qual me interessei tanto no livro, foi para descobrir como havia sido esse contato com o Jeff. E mais uma vez, li alguém dizer que sente por ele ter sido assassinado tão abruptamente. Tenho uma análise psicológica do Dahmer, de 30 páginas, onde mencionam que ele era um caso único com suas comorbidades de parafilias, que devia ter sido estudado e não colocado numa penitenciária, com outros presos ainda mais loucos e pior, violentos.







Vovô simpatia, John Wayne Gacy e Jason Moss. Quem vê a foto, nem imagina o que rolou neste dia.











Ramirez e Moss.
Na minha versão PDF não vieram as fotos do meio do livro, mas da pra achar de boa (mentira, tem que colocar os óculos, apertar os olhos e caçar) na internet.













Carta do Dahmer. Eu tinha ela salva no meu PC, sem nem saber do que se tratava até então. Depois que vi a matéria no youtube, fui checar a carta e vi lá "dear Jason". Hahaha...











Segunda parte...

Essa carta foi a mais tranquila de todas (na real, foram poucas). Mas mesmo nas mais "safadinhas", o Dahmer sempre foi muito polite.





Depois fiquei pensando, analisando... e acho que o Jason chegou numa momento onde sabia demais. Ele havia visto a maldade, a perversão de perto. E sentiu em si mesmo uma mistura de raiva, constrangimento, culpa e até pena. Se sentiu sujo, quis superar tudo e fez trabalhos voluntários, viu o outro lado da coisa, passou dos vilões, para as vítimas, mas ainda assim, era mais desgraça, mais decepção. Acho que o problema é esse, entende? Quem sabe demais... acaba perdendo o sentido na vida, na razão de viver.

Mas deve ter sido tenso, mesmo. Eu mesma, fiquei enjoada e perdi o sono devido à algumas coisas que ele contou, imagine como não deve ser ter vivido aquilo?



...

E enquanto eu ainda lia The Last Victim....
..



"Olha o que deixaram na entrada, sua encomenda..."




Finalmente!! A Father's Story.
Five
dollars.
Comprei usado, o que torna ainda mais bizarro. Fiquei olhando pro livro e pensando se a pessoa que o colocou a venda ao menos cagava pra história toda.









E lá vieram me encher o saco quando acharam o livro na minha mesa:

"É o livro do pai de qual serial killer/psicopata/assassino?"
"Do seu cu."












Vou começar a ler amanhã!
Me lembro que numa das ultimas entrevistas do Jeff pra TV, ele se sentou ao lado do pai e comentou o livro. Disse que lhe trouxe memórias boas, o que achei interessante.
Eu gosto muito do Dahmer.









Parte da venda deste livro é entregue às famílias das vítimas.
GrandeS coisa, já que eu comprei usado, não é mesmo?










Enfim, é isso.

Ah! Este ano foi lançado o filme Dear Mr Gacy, inspirado no livro do Jason. Não consigo achar por nada na internet, nem pra vender, nem pra baixar ilegalmente.
Também descobri que o Jason, apesar de tudo que já contei aqui, possivelmente lançou uma modinha: não é bizarro saber que hoje em dia têm um mondetroxa trocando cartinhas com serial killers ainda vivos?

Se ainda o Jeff, o Ted ou a Ailleen estivessem vivos. Quer dizer, lunáticos como o Manson e satanistas como o Ramirez devem existir em montes por aí... who cares? Ok, I do. Talvez escreva pra um deles. Hahaha.

Um comentário:

...Ojuara... disse...

Oiiie,nossa!! achei que eu era estranha por gostar desse assunto também rsrsrs NÃO ESTOU SOZINHA NO MUNDO hahahaha

Me interesso muito por Serial Killers ae o pessoal fica falando: você um dia vai ser uma se continuar lendo isso...

bando de idiotas né!! rsrsrs

mas..é isso..gotei do seu post!