sexta-feira, 24 de abril de 2009

Eu estava lendo uma matéria...

...Sobre a Susan Boyle e um trecho em particular chamou minha atenção, por ter sido algo que eu mesma havia reparado sobre esse fenomeno todo...

"Mas o que verdadeiramente me impressionou em toda essa história não foram apenas os dotes naturais daquela voz. Também não foi o gritante abismo entre a forma e o conteúdo -ou, se preferirem, o clichê romântico do patinho feio que se revela um cisne. O que impressionou foi a escolha da canção e as palavras que a canção encerra, um pormenor que parece ter sido ignorado pela humanidade circundante.
"I Dreamed a Dream", uma das raras canções audíveis de "Les Misérables", não é apenas um tema sobre sonhos desfeitos. É um tema sobre a "sorte", essa terrível palavra que os gregos conheciam bem mas que a nossa modernidade racionalista eliminou do léxico filosófico.
De acordo com a ideologia reinante, o que somos, o que temos e o que fazemos depende unicamente de nós. A felicidade humana é uma construção pessoal que exige método e esforço. O que implica, inversamente, que a infelicidade é o resultado da nossa incapacidade para sermos felizes. Haverá pensamento mais perverso?

Não creio. E, no entanto, ele é repetido, dia após dia, numa sociedade que se sente infeliz por não ser feliz, como se a felicidade não fosse também um produto de contingências várias, que escapam ao controle dos homens. O produto, no fundo, de oportunidades que vieram ou não vieram; da ação ou da inação de terceiros; e das mil vidas que poderíamos ter tido.
Como no tema musical que Susan Boyle canta com a intensidade própria de quem explica a sua biografia, os nossos sonhos não dependem só da nossa autonomia.
Dependem dos "tigres da noite" ou das "tempestades imprevistas" que tantas vezes os envergonham e despedaçam.
Quando a febre passar e Susan Boyle regressar à aldeia e ao anonimato, a memória que deve ficar não é a de um talento escondido que teve os seus 15 minutos, ou 15 horas, ou 15 dias de fama.
O que deve ficar é a lição grandiosa de uma mulher que, na sua tocante simplicidade, disse a cantar o que provavelmente aprendeu com a vida. Que o inferno ou o paraíso, longe de serem prêmios exclusivamente humanos, repousam também nas mãos do destino."


JOÃO PEREIRA COUTINHO -Susan Boyle.


But the tigers come at night
With their voices soft as thunder
As they tear your hope apart
And they turn your dream to shame

(...)

And still I dream he'll come to me
That we will live the years together
But there are dreams that cannot be
And there are storms we cannot weather

I had a dream my life would be
So different from this hell I'm living
So different now from what it seemed
Now life has killed the dream I dreamed.


quinta-feira, 23 de abril de 2009

Just dance....

Há 3 anos, dando um show de disco dancing com Mel Gibson Jr

http://www.youtube.com/watch?v=dpPUJArY2zQ


E agora, a versão getting low... com Justin Timberlake (ou Timbers, como eu chamo ele)

http://www.youtube.com/watch?v=YntLu7jeKyk

Isso deve se encaixar no estilo de alguma escola literária.


amanda, faz drama
drama da amanda
a nathalia fica de trouxa
a trouxa? a louca
a louca? a monga
a monga tá de saco cheio
cheio? bem cheio Adicionar imagem
nao aguento cu doce
doce? antes fosse
fosse mesmo doce
por que drama é amargo
amargo? um saco
nao aguento mais drama
drama da amanda.





Recentemente ficou comprovado que a Prefeitura de São Paulo MATA 95% dos animais recolhidos das ruas. Não existe nenhum programa de doação consistente e as condições dos animais são precárias.

As entidades de Proteção aos Animais organizaram uma manifestação para o próximo dia 29 de abril, quarta-feira, às 13 horas, em frente ao CCZ-SP (R. Santa Eulália, 86 - Santana, São Paulo/SP).

É muito importante que você compareça e que leve a maior quantidade de amigos e parentes possível.

Apenas algumas horas da sua vida podem mudar a sentença de morte dos animais de São Paulo.

Compareça, divulgue e Faça a Diferença para esses animais.

As principais ONG’s estarão juntas, em busca de melhores condições para os animais. Ajude você também!

Acesse o site e saiba o que está acontecendo:
www.manifesta.kit.net

domingo, 19 de abril de 2009

Domingo a tarde...

A Sueli me chama...


- Nathalia... (pausa dramática)


- Han? (pensando *ihhh fodeu*)


- Você se inspirava no Curtindo a Vida Adoidado, ?


- É errr...mais ou menos... mas por que?


- Por que eu assisti o DVD hoje de manhã, você se achava o próprio Ferris Bueller na época do colégio.


- Não, tipo, isso elogio pra mim, ? Mas não... só uma coisa ou outra! Antes fosse...


- Sei...


- Tipo... eu teria feito as mesmas coisas quer fiz se não tivesse assistido o filme 800 vezes quando tinha uns 15 anos...


- Mas copiou, ?


- É, tipo, rolou uma identificação... revolta... escola... corpo docente...


- Ai, ai... tem que tomar cuidado com o que a gente deixa a Nathalia assistir, né? (pergunta pro cachorro)

sábado, 11 de abril de 2009

Terminei...

...de ler o terceiro livro sobre Madonna. Foi meio deprê até terminar. Vi que as páginas estavam acabando, mas eu não havia me cansado nenhum pouco. De qualquer forma, essa manhã já comecei a ler a tal Enciclopédia (não consigo pronunciar essa palavra de primeira) que mencionei no post anterior e já tenho outros livros na fila pra ler. Pena que com meu possível d.d.a. ou dislexia ou sei lá... distração de monga mesmo, passadas algumas semanas eu esqueço 90% do que li.
Voltando, acabei gostando mais do que imaginei que iria de A Vida Com Minha Irmã Madonna. O livro parecia mais honesto, mais realista e desmente certas lendas sobre o inicio da carreira dela que eu sempre achei improváveis mesmo. Sem falar que ao final do livro, eu crei uma grande simpatia pelo autor... o irmão gay, artista, que me pareceu submisso e reprimido de Madonna, Christopher.

Acabei de tirar essas fotos na webcam pra ilustrar o post e possivelmente espantar as moscas que posam no meu monitor.




É isso, sem saco...


whatever.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Terminei...

de ler ontem a noite, a 2ª biografia que devoro da Madonna. O texto chegou ao fim e eu virava as páginas finais, que só continham a bibliografia, como quem ainda procurava um pouco de história (mesmo o livro tendo uma tradução bunda - eu sei, por que já tive que traduzir e interpretar textos muuuuuito mais complexos na minha vidinha, em prazos absurdos).
O primeiro que li: Madonna - Uma Biografia Íntima, que tem uma foto do rosto dela belíssima na capa, terminava na época do American Life. Essa outra biografia que acabo ler, Madonna - 50 Anos (ganhei de presente da Eliana [ex-colega de trabalho que eu havia adotado com peseudo-mãe]) terminava no ínicio das gravações de Hard Candy. Comprei outra já: Minha Vida ao Lado da Minha Irmã Madonna (ou algo assim), que no momento eu aguardo ansiosamente a entrega, já que comprei pela internet.
Aposto que Madonna deve odiar esse livro, mais do que outros que relatam sua história. Mas nós fãs, que não nos posicionamos como meros seguidores idiotas, mas sim como pessoas que buscam de inspiração e entretenimento, não queremos nem saber. Deve ser foda ter seu irmão lucrando em cima do seu nome. Deve dar ódio saber que pessoas compram o livro e possivelmente aquilo que vem escrito nele, sem ao menos saber se é verdade. O preço da fama, não é mesmo?

Junto será entregue a A Enciclopédia do Serial Killers (que eu também já ouvi dizer que tem uma tradução horrível, mas é rico em detalhes) para o meu deleite de quem já leu os livros de Ilana Casoy como alguém que cheira uma fileira de farinha..

E um documentário sobre a vida de Nelson Gonçalves... UAHAUAHUA
Mas esse é pro meu pai.

De resto... MAX derrotou a Ana... QUE ALEGRIA! (not!)
Detestava ela, como detesto qualquer outra pessoa mimada, enjoada, forçada, que sai por aí se auto-intitulando alguém de bom coração... Como se isso fosse algo que você usasse na hora de se apresentar: "oi, eu sou fulano, tenho 21 anos e um coração lindo."
Convenhamos que além de tudo, isso é muito relativo... alguém pode parecer legal e generoso para certas pessoas e um otário, passivo para outras.

Sem falar... que adoro todo tipo de pessoa envolvida com arte e os minimins são geniais: http://www.flickr.com/photos/minimins

Além de que o cara parece o Knoxville, detalhe básico.

Cockyness is a charm.
Acordei há menos de uma hora. Quando me olhei no espelho, vi que meu olho esquerdo está extremamente inchado e junto da minha olheira, parece que levei um belo soco. Está muito dolorido também, mal fui capaz de coçar os olhos essa manhã. Meu lábio inferior tá estourado de herpes. Elas incomodam e também são um pouco doloridas. Soma-se isso ao meu corpo cheio de feridas, como em uma reação alérgica, estou cheia de marcas pelo corpo, ásperas e que coçam bastante.
Sem mencionar a queda de cabelo. Meu cabelo nunca caiu... eu podia passar prancha, atrás de prancha, blondor e mais blondor. Era de dar inveja. Mas nos últimos dias, entope até o ralo do chuveiro...e não tem nada a ver com as químicas.

É o stress se manifestando em forma física. O que se reprime, tentando se manifestar de qualquer forma.

O corpo humano é realmente interessante.

domingo, 5 de abril de 2009

Quem vê cara, não vê nada!!

Ao contrário do que diz a música, as aparências enganam sim! E muito.
Não digo isso só me baseando no teste que vou postar a seguir mas também, na minha breve experiência de vida. Anyway...

Você sabe diferenciar um programador de um serial killer?

Eu, acertei 9 de 10. Mas também, eu devoro todo tipo de material sobre assassinos em série. Quem quiser testar a habilidade de dedução de carater pelas aparências... feel free:

http://www.malevole.com/mv/misc/killerquiz/

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Family Affair


Há 7 anos, quando assisti pela primeira vez In Bed With Madonna, eu nem tinha me tocado das referencias do Laranja Mecanica que rolam nessa performace (pera aí, eu nem tinha assitido o filme ainda), mas mesmo assim, era e é a minha preferida da turnê Blond Ambition.

Exagerado...



Assisti, talvez pela décima vez, Cazuza – O Tempo Não Pára. Todos têm em sua vida um filme que deixou marcas, influências, memórias. Esse é o meu. Tinha 16 anos, estava em uma fase em que tinha certeza de que estudaria cinema, vivia com a filmadora na mão criando todo tipo de historia, paródia, roteiros, improvisos. Decidi que pra me inspirar ainda mais, ia passar um tempo só vendo filmes nacionais e foi o que fiz, saia do colégio e ia pra locadora. Assisti todos os que haviam na prateleira. Foi então que um filmezinho, ruim o bastante pra eu nem lembrar o nome, estreou nos cinemas e como se tratava de algo nacional, resolvi ir ver. Cabulei, não avisei ninguém e fui sozinha, eu era muito individualista e confiante pra uma pessoa da minha idade. Mas algo me impediu de prestar atenção no tal filme aquela tarde... E foi o trailer de Cazuza, um simples trailer de 5 minutos que mexeu com minha cabeça de uma forma que passei a sessão toda relembrando em flashes daqueles trechos...
Quando finalmente estreou, fui assistir com umas colegas da época. Houve um impacto muito grande em conhecer aquela história. Uma inspiração e muitos questionamentos. Foi nesse dia, em uma brincadeira de trocar inicias, que meu apelido surgiu... Nazuza (duh!). Eu vivo dizendo que ofendo o Caju com isso. Principalmente na época, eu era o oposto dele: anti-social, mau-humorada, arrogante, cheia de “não me toquem”. Engraçado como as coisas mudaram, não propositalmente, talvez de forma inconsciente, mas mudaram. No outro ano eu fui estudar a noite e me senti mais próxima da figura dele. Haviam cigarros, maconha, gays (muitos), bebidas, putaria e uma mudança visível na minha personalidade. Eu havia saído de um grupo de nerds, onde eu nunca havia me encaixado – talvez por isso meu jeito individualista - para um grupo de gente porra-louca, onde eu finalmente me senti à vontade. Cheguei a me perguntar se era mesmo minha personalidade mudando, ou finalmente podendo se expressar e ainda, se talvez por isso, eu tivesse me apaixonado tanto pelo Cazuza. Não era apenas admiração, mas também identificação. Li “Só As Mães São Felizes” pouco tempo após assistir o filme, queria saber mais, alimentar meu fascínio e de fato, pude mergulhar mais fundo naquela história, pude ver pelos olhos Lucinha Araújo a dor e a tristeza do fim. Pensava em como a Aids parecia mesmo, como alguns teorizam, uma doença criada por cientistas, como se seus efeitos fossem propositalmente desenvolvidos em forma de castigo. A doença, antes extremamente associada ao homossexualismo, impedia a maioria dos infectados de fazer exatamente aquilo que eles mais amavam. Cazuza, antes tão aberto, promiscuo, da “turma do abraço”, estava agora condenado a se conter, se fechar. Me lembro de ler também a biografia da Madonna e me dar conta do quanto essa doença parecia ainda mais cruel aquela época, como uma praga, até mesmo dançarinos da turnê Blond Ambition morreram em conseqüência da Aids.

Cazuza me parece um, entre vários outros artistas que admiro, que personificaram a frase “live fast, die young”.

Quantas pessoas não vão chegar aos seus 90 anos, sem ter vivido em quase um século, o que Cazuza viveu/experimentou/ousou em 32 anos? Deixando ainda, uma herança para todos os fãs, de músicas, letras, poesias... que nunca ficam velhas.

Alguns heróis não morrem de overdose.