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terça-feira, 14 de junho de 2016

Eu ainda estou aqui





Eu nem quero falar das ironias da vida. De tudo tão pesado e obscuro que aconteceu no tempo que estive totalmente ausente desse blog. 
Mas como como vir aqui e postar sobre o que eu estava vivendo? Não dava. Eu vivi, por mais horrível que muitas coisas fossem, intensamente. Não cabia aqui expressar tudo aquilo. Esse blog havia perdido sentido e foi esquecido.

Mas agora, eu, que nem sou mais, nem de longe, a mesma pessoa que escrevia aqui, resolvi voltar. Talvez com posts mais depressivos, menos interessantes, ou talvez não, afinal, eu tenho a arte em fazer graça da desgraça. 
Mas enfim, eu sinto falta de escrever e voltei... ainda que para ninguém ler. Junto com a antiga Nathalia, se foram os meus antigos amigos.

Ultimamente, eu nem sei por em palavras como estou. Foi tanto que aconteceu. O diagnóstico é de estresse pós traumático. E eu, cansada de antidepressivos, antipsicóticos e estabilizadores do humor que só me foderam com seus efeitos colaterais e não me ajudaram em absolutamente nada, no momento não tomo nenhuma medicação.
Talvez eu devesse, mas ainda não encontrei nada que me ajude.
Eu me acostumei, agora que tudo de certa forma passou, à minha nova vida.
Solidão, crises de choro, tentativas sem sucesso de assistir séries e filmes, de ter algum interesse em algo, de rir... como eu sinto falta de rir.
Me acostumei com os sintomas psicossomáticos, como as dores no corpo todo.
Estou lidando com tudo sozinha. Inclusive os pensamentos mais sombrios de ir embora... já que nada me dá prazer.
Às vezes, eu arranco força de mim mesma, sem ajuda de remédio, de apoio de amigos, de porra nenhuma e me foco em estudar. A ideia de uma nova vida, uma nova carreira é o que me segura aqui.
Eu espero voltar. Voltar a ser como era antes não sei se é possível. Não sei nem se quero. Mas voltar a sentir, sentir, sentir, 
A me divertir, a ter esperança de verdade. Acreditar que nem tudo e todos nesse mundo são podres e inconfiáveis.
Hoje eu ando sempre com um pé atrás.
E embora em menos de um mês, três pessoas tenham sugerido que eu me matasse, a verdade, é que nem energia para isso eu tenho. 
Estou dando tempo ao tempo. Espertando certas fichas caírem ou pelo menos eu aceitar de vez que elas caíram e significam aquilo mesmo.
Meu maior medo sempre foi o abandono. Eu fui abandonada por amigos, pela pessoa que eu mais amava e por.... Deus talvez. 
Pelo menos eu me sinto esquecida, sem nenhuma oração meramente atendida.
Mas o que me dói mais, é ter sido deixada por aquele que eu amei incondicionalmente e que quanto mais o tempo passa, mas eu entendo que se trata de alguém que nem sabe o que é amor.
Amor é o maior sentimento que existe. Não sei o que é pior. Machucar esse sentimento ou não tê-lo.
Bom, quem não tem, não sofre. 
Acho que estava equivocada em dizer que não sinto...

É um paradoxo?
Acho que na verdade sinto muito.

Não prazer, esperança, entusiasmo.
Mas desamparo, rejeição, abandono e ressentimentos...
E eu luto contra isso todo dia, pois sei que tudo isso me faz um mal imenso.
Eu me pergunto se fui ao fundo do poço e voltei. Se ainda estou lá. 

Ou se estou, bem devagar e de forma dolorosa, escalando minha saída.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Então...

Tô numa loja esses dias e uma mulher começa me encarar. Olha, eu sofreria muito se fosse famosa, pois eu tenho aflição de gente olhando pra mim.

Até que (provando que não era impressão minha)...

- hmmm... você parece com alguém
- ah é (eu já sabia quem ela ia dizer)
- aquela atriz...
- hmmm
- aquela!
- qual...? (eu não ia entregar tão fácil)
- a das panteras!
- ah sei, todo mundo sempre fala... a lucy liu
- não... não...
- não? ah! a carmeron diaz...
- não, a mais gordinha
- ¬¬
- drew...
- drew barrymore
- é!
- rysos
- tá podendo, ein... já ia te pedir um autógrafo
- quem me dera
- ela fez aquele outro filme... onze homens... não... quatro casamentos... não, dois destinos...
- hmmm... é, aí eu já não sei







"gordinha"

sábado, 30 de novembro de 2013

O dia da porta

Quem é meu amigo sabe de um caso que ficou conhecido como "o dia da porta". Na verdade, deveria se chamar "a noite maldita da porta". 

Para quem não conhece o fato, foi o seguinte...

Eu estava apaixonada por um garoto da minha sala, logo no primeiro semestre. Mas ao contrário de seres do sexo masculino, que muitas vezes tão pouco se fodendo para interpretar sinais e perceber se o sentimento é recíproco antes de cair em cima da pessoa, eu tentava reparar se ele demonstrava qualquer gentileza ou sorrisinho pra mim... 

A princípio, parecia que sim. Mas era um sim mais pro talvez. E o talvez estaria okay pra mim, pois eu queria uma amizade antes de tudo, uma simples amizade para ver se minha paixão não era coisa de jovem adulto agindo como teeanger que acha que ama só porque o cara é gatinho.

Tudo ia bem nos poucos contatos que a gente tinha e que com ajuda da minha amiga Lulux, vinham crescendo cada vez mais. Um dia eu dava "oi". No outro, cumprimetava com beijo e dava "oi". No outro, já tava dando tchau. No quarto, eu já queria dar outra coisa, mas achei melhor manter o plano de respeitar a vontade dele.

Até que...

Por favor, pensem numa música triste, melancólica...

Em uma noite na faculdade, tivemos que mudar de sala para assistir aquela cena do filme Labyrinth. Eu caminhava no meio dos demais, até que notei que ele estava na frente da sala que teriamos que entrar, segurando a porta para uma menina na minha frente. E... assim... que... ela... entrou... aquela.... porra... daquela...porta...fechou... praticamente... na... minha... cara!

Falaram que eu dramatizei, mas eu pude sentir a porta encostando no meu nariz. Ok, na alma do meu nariz.

E depois disso, eu peguei uma raiva filha da puta dele. E só tem uma palavra que defina as poucas  seguintes interações que tive com aquele paunocu AKWARD!!!

E Todo este texto pra que, Brasil?

Porque fucei em fotos antigas e achei uma que tirei naquela noite, ao chegar em casa... e fazer a coisa mais patética possível



Chorar na frente do espelho....






...fotografando.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Pega ou não pega

O Jared acabou de postar isso no Instagram.


Quando fui ver o shows deles em SP (2011), o Jaredão pulou na plateia durante The Kill, como deve fazer em todo show e eu que estava na grande, lógico, passei a mão nele, no peito dele sem camisa, enfim... Devo ter comentado aqui na época.

Lembro que senti a maior vontade de fazer a pervertida e tacar a mão na bunda ou na piróca. Foi tudo muito rápido, mas juro que tive tempo de titubear quanto a isso na hora. E o que me impediu, foram flashbacks dessa cena aqui


Aí, tô lá, com receio de levar uma microfonada na cabeça e sendo respeitosa como não fui com o Toninho da manutenção do Clube das Mulheres, controlando meus instintos e tal... quando vejo uma mão acariciando aquele pênis tão desejado (hahahahaha). 

Tempo depois, faltava só uma música para acabar show, eu estava quase desmaiando com o cheiro maldito da moça ao meu lado, que não devia ter tomado banho há dias acampando na fila, então pedi pro segurança me tirar de lá e fui esperar meus ~amigos~ fora da platéia. 

Dei uma perambulada e perguntei para uma funcionária se tinha um lugar para sentar, beber água e ela me falou para ir na enfermaria. Lá, vi o povo que desmaiou, passou mal, teenagers chegando de maca, de cadeira de rodas, hilário. Eu devia estar rosa choque, pois uma enfermeira veio medir minha pressão. Mas eu estava de boa conversando com um menino que certa hora me conta 

"noffa, quando Jared pulou, taquei logo a mão na virilha dele..."
"ah, foi você então, eu vi sua mão"
"noffa, delícia aquela linguiça"

Ok, esta última fala eu inventei, pois não lembro como a conversa seguiu (e nem tava bêbada). 

E bem, só isso que queria contar. Fim.

domingo, 30 de junho de 2013

Pílulas de Vida do Dr. Ross

Quando eu tinha uns 10 anos e ainda dormia no quarto dos meus pais, certa noite, meu pai, que também tinha um pouco de insônia, estava comentando sobre as primeras propagandas que ele havia escutado. Meu pai é de 1924! Ele  acompanhou o surgimento do rádio, da TV... enfim.

Lembro dele cantando com voz grave: "Pílulas de Vida do Dr. Ross fazem bem ao fígado de todos nós”. E eu e meu sobrinho rindo daquela músiquinha tosca...

Mas ó, era uma melodia boa! Catchy! Quinze anos depois e eu ainda lembro perfeitamente da imitação do meu pai. 

E hoje encontrei isso:


domingo, 25 de dezembro de 2011

Então é Natal... E o que eu fiz?

Eu sou a maior foreveralone em datas como Natal e Ano Novo. Até quando minha família era maior... sempre fazem tudo cedo e vão pra cama (a tôa, porque o que rola de fogos e funk na vizinhança, não deixa ninguém dormir). E eu... sobro. Fico sozinha, acordada, procurando o que fazer. Meus amigos somem, o que me faz pensar que a família deles ainda está acordada, bebendo, brigando e trocando presentes e nem na internet eu tenho com quem conversar. Felizmente, nos últimos anos, o Gentili, um foreveralone por opção, faz um chat natalino, aí eu e mais almas solitárias passamos com ele, que fuma charuto, fala merda e passa trotes. Ho, hoo, hoow.

 Sério.

Ontem a tarde eu recebi meu primeiro presente do Papai Noel: uma convulsão. Perdi a visão, fiquei tonta, comecei a tremer pernas e braços, igual alguém sendo possuída, queria não ser eu só pra ter visto a cena. Meu único medo era que minhas irmãs ficassem com medo e não me deixassem beber, mas para minha própria surpresa isso não aconteceu.
Depois que melhorei, fui me trocar e descobri que o vestido de 24 reais que eu comprei (em uma loja tão popular que populares têm vergonha de comprar nela) me deixa parecida com uma funkeira gringa...




Tirei a foto depois da ceia, estufada de comida e bebida. Isso aumentou (literalmente) meu look Geyse Arruda, I know.


Início da noite ''all by myself, don't wanna be...'', matando as garrafas.
Ah, olha só como meu cabelo desbotou depois de UMA lavada.


No chat dos orfãos solitários


E.. bom, agora quero falar de algo sério. O problema de escrever besteiras é que quando a gente quer falar de algo preocupante, fica com receio de que não compreendam. Queria pedir a ajuda de todos vocês, milhares de 4 pessoas que acessam este blog (incluindo eu mesma), para que vejam a foto desse rapaz abaixo e divulguem, compartilhem, colaborem. Ele é o primo de Júnior e está desaparecido. Por se tratar de alguém com sérios problemas mentais, a situação se torna ainda mais preocupante. Por favor, se virem este homem por aí, chamem a polícia. Não tentem chegar perto, pois como ele é um retardado de alto grau, ele pode ser agressivo, babar em cima de você e tentar inserir o dedo em diversos orifícios.








Vamos usar o espírito natalino de amor e compaixão que atinge a todos esta época do ano e tentar fazer o bem. 
Oremos.



Que Deus abençõe a todos. Feliz Natal.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Tenho algumas blasfemias na minha lista de pecados

No natal de 2003, eu desenhei um pinto em uma cartolina, colei lantejoulas, glitter e recortei. Depois pendurei na árvore de natal e filmei com "Peru Natalino" escrito na tela.
Até hoje imagino o que teria acontecido se meu pai tivesse visto. Ele era super católico e tudo pra ele tudo ou quase tudo era considerado ofensa. No ano das eleições, eu fiz um enfeite com o Obama, pra ser uma árvore temática e meu pai ficou puto.

Ninguém entende minha arte.

Mas o pior foi há uns 2 anos. Tipo, na minha casa, sempre montam o presépio e é tradição colocar o menino Jesus só no dia 25 (o dia que ele nasceu, saca?). Então a manjedoura até lá fica vazia. Bem, não se eu e meu sobrinho pudermos impedir. Nessa tal vez, nós tivemos a idéia de colocar lá um bonequinho que veio em um Kinderovo e que minha mãe tinha pavor. É tipo um demônio azul com asas iguais de gárgulas (é, veio no ovinho de chocolate que já custou 50 centavos nos anos áureos).

Mano, minha mãe realmente tinha medo daquele bichinho. E ela quase me fez engolir ele.

Teve também um ano novo que sobraram uns ovos mais antigos na hora de fazer as receitas. Minha irmã queria desperdiçar eles jogando fora. Meu, não se joga fora ovo podre, se taca. De novo, eu e meu sobrinho tivemos a brilhante idéia de atirar na calçada. Eu ficava escondida atrás de uma árvore na frente e ele atrás da garagem com os ovos. Dei o sinal para ele tacar e BEM NESSA HORA passou um carrão da ROTA, com os polícias armados nas janelas. Sabe o que é ter o cu na mão? Quase literalmente? É o que aconteceu comigo quando a porra do ovo acertou em cheio a viatura. Eu quase caguei toda com medo que me vissem ou que meu sobrinho aparecesse gritando "e aí, acertei em alguém?"


Enfim, histórias natalinas... não é à tôa que meu nome é NATHALia, amo esta época... NOT

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Do Candeal... Você vai ficar legal.

Eu sempre sinto sede e eu sempre tô sem dinheiro. Por isso, levo comigo minha fiel garrafinha d'água. Especialmente quando vou ao cinema (onde a água é mais cara que a porra do ingresso). Quando eu, Glê e Mel fomos assistir Hangover II (por indicação do Arnaldo Jabor), lá estava em minha bolsa, minha mini garrafinha azul, em formato estranho e que as pessoas sempre olhavam torto, achando que se tratava de algo alcoólico. Please. 
Mas quem deu uma de Nathalia (sou tipo Pelé, falo de mim mesma na 3ª pessoa) foi a dona Glê, que já nos trailers se não me engano, começou a reclamar de sede. Boa amiga que sou, ofereci minha bolota 300ml, que voltou com uma colher de sopa. Graças a Deus eu ainda tinha refrigerante - me lembro de ter pensado.
Um tempo depois, a Glê achou a mesma garrafinha azul pra vender, mas com outras cores e me fez a gentileza de me comprar uma rosa. Atóro. A gente só foi se ver daí meses, mas antes que a água ficasse amarela e criasse dengue,  recebi minha nova bolota pink. E novamente, bebi um colher de sopa dela, porque a Glê tomou pinga ao invés de leite aquele dia e ficou com sede.

Mas o que vale é a amizade, a intenção, a cor rosada e o fato de que temos filtro em casa pra repor a água.

Em 2030 aposto que terão comentários neste post do tipo "nossa, naquele tempo não precisavam se matar por água, você que eram felizes!".

Sim, somos, muito.



Thx, Glê!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Enquanto isso...

- Fez de cabeça?
- Mais ou menos... tinha visto uma tatuagem parecida faz um tempo.


Quando tinha 6 anos, eu e meu sobrinho (mesma idade), estavamos no chamado "pré-zinho". A gente ia bem cedo e voltava a tempo de assistir Castelo Ratimbum, Cocoricó e Beakman. Na época de TV a cabo, Os 3 Patetas.
O que isso tem a ver com o post? Nada.
Exceto, que um belo dia, naquela ano de 1994, minha professora pediu para os alunos desenharem um pássaro. Eu sempre amei desenhar, fui lá e fiz o meu. O resto dos coleguinhas adoraram, vibraram (sabe como criança se empolga, né!) e pediram para eu fazer um para eles. My plesure, fui lá e fiz mais uns três, um inclusive, pro meu sobrinho. Na hora da professora dar o visto, eu era a última da fila. Foi quando começaram os gritos:

- Quem fez este desenho pra você? Não vai me dizer que foi você!!
- Foi a Nathalia!

Próximo

- Queeeeeeeem fez este desenho!???
- A Nathalia!

Próximo

- Meu Deus, quem fez o desenho?
- A Nathalia!
- Apaguem agora mesmo e façam vocês!

Próximo - era eu -

- Quem fez o desenho!??
- Professora, meu nome é Nathalia ¬¬
- Err, ah é... hummm... ok... Não desenhe pra mais ninguém.
- Tá.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Charlizes, Beakmans, Duponts e Faustãos.

No meu primeiro dia de aula, eu peguei mais trânsito na Paulista do que em qualquer outro dia que viria depois. Cheguei em cima da hora, porque me negava a descer alguns pontos antes e sair correndo à pé, pois não queria chegar suada ou vermelha (sabe como é o calor de fevereiro).
Chegay 19:30 exatamente e perdi 10 minutos subindo e descendo escadas tentando achar minha sala, que era... no térreo.
Quando encontrei, entrei (suada e vermelha) e me sentei em uma cadeira na primeira fila. Não parecia confortável. Pulei pra fila de trás e me acomodei. Foi quando pensei "porra, mas será que essa é mesmo a sala certa?" e foi esta a pergunta que fiz para a garota sentada atrás de mim: "é aqui Audiovisual?" e então, como se a gente já se conhecesse há anos, a conversa começou:
"até que enfim alguém do meu curso!"
"são mais disciplinas na mesma sala?"
"pelo que entendi, é!"
"nossa, eu tô neste estado pois estava perdida nas escadas, cheguei a entrar e sentar na sala errada!"
"pior eu, que vim pra cá ontem e assisti uma aula inteira na sala errada."
Sim. Duas loiras.
Tudo bem que o sistema de organização e avisos sobre as salas eram uma bosta. Bom, minha faculdade é uma bosta, hoje sei disso melhor do que nunca. Este foi o motivo que fez com que a gente conversasse pela primeira vez e meses depois, seria o porque da saída da minha amiga, Lucila.
Sei que sou dramática. 

Fico muito feliz de ter te conhecido e desejo única/exclusivamente coisas boas para você.
Tantas vezes eu agi, pensei como louca e você esteve lá, tentando por minha cabeça no lugar. Sempre me deu conselhos, me apoiou, ajudou e... aturou. Eu não sou fácil de lidar, tem gente que não aguenta nem um mês, como vimos no início deste semestre (hahaha!).

E eu admiro muito seu jeito autêntico, determinado e o fato de que você nunca mudou para agradar ninguém e mesmo assim sempre foi desencanada e de boa com todos. Eu queria ser assim também, mas acho que é pra poucos.




Espero que a gente volte a estudar ou trabalhar juntas no futuro.
Nada acabou realmente. Apenas algumas coisas mudaram...(certo?)

Prometo que não vou atravessar a rua com o semáforo piscando.

segunda-feira, 28 de março de 2011

This is war


Ele fez o que todo fã espera que um artista faça num show: contato visual. Vinha voando, girando, louco da xana, em direção da platéia. Arregalava os olhos, aqueles olhos... e mirava no rosto histérico de cada um esmagado contra a grade. Eu era uma dessas pessoas. Eu tive minha troca de olhares. De repente, tudo ficou azul. Era ele, o menino lindo do seriado que eu via quando era criança, em My So-Called Life. Ele, o dono do rosto beirando a perfeição que fez minhas irmãs suspirarem quando o viram pela primeira vez em How to Make an American Quilt. E depois veio Urban Legend, para ele então se tornar oficialmente meu amor de adolescente. E mais tarde... Girl, Interrupted (ah, tira essa barba!), American Psycho (um dos meus preferidos), Requiem for a Dream (outro na minha lista de favoritos). Meu Deus, ele era pseudo albino de Fight Club e o gordão de Chapter 27. Naquele segundo, ele era tudo isso e mais o líder de uma das bandas que eu mais gosto, responsável pelos melhores clipes que vi nos últimos anos. The Kill e... Hurricane. Ai..


Se um mundo parasse ali. Se ao menos existisse a invenção de Morel.

Depois, eu ainda tive o prazer de tocar nele. No peito, apertar o braço, segurar a perna.

It was nice meeting you outside of my dreams Mr. Leto.


P.S.: Quando me mandarem as fotos, faço um post contando tudo.

segunda-feira, 7 de março de 2011

"Senhora, não posso te vender cerveja pois não sei sua barriga é de gravidez ou banha"

Fui trabalhar em um evento de carnaval como atendente de bar. Eu detesto esse lance de relacionamento direto com  o público. Primeiro, porque eu sempre acho que o tal "público" de forma geral é babaca. Eu seria a pior tlmkt do mundo. Agora, imagina esse público bêbado. DESGRAÇA!
As mulheres são de longe as piores! Maior fubangona cara de bosta, enche a cara e se sente a gostosa. Ainda que o álcool (duas latinhas de merda) eleva tanto a confiança da criatura, que passa a tratar todo mundo mal. Como me disse um carinha que me viu lidando com uma peça dessas "você vai pro céu depois desta noite".
Os homens são meio que ridiculos por natureza. Não dançam tentando ser sexy como a mulherada, daçam de forma patética e engraçada. Não tratam ninguém mal... bom, pelo menos eu não trataram. Na real, tive até que tirar fotos com eles... UHAUAHAU (pois é!). Um me deu uma coroa que  roubou (de tão bebado) de alguém que estava desfilando. Imagina esses caras, depois da ressaca, em algum momento do dia,  vão ver as fotos do celular e "quem é essa mina?". Imagina se a namorada deles ver? Hahahahaha! Com a  raiva que eu tô do meu próprio sexo, não tô nem aí.
Foda-se mesmo. Nunca me comportei, agi, pensei como a maioria das mulheres. Por isso nunca fui feminista. Nem machista. Quer saber, pra mim ser humano, independente de xóta ou rôla, é um lixo e carnaval é coisa de demente!!!
E fica aqui bem grande o que eu gritei mentalmente para muitas pessoas que atendi ontem:

M O R R E   D I A B O!







Ah, sim. Tudo isso, porque eu quero levantar uma grana para ajudar na hospedagem da Rihanna e o Akon http://www.vakinha.com.br/Vaquinha.aspx?e=31900 cães que resgatei.
É foda, têm tanto animal abandonado que eu queria resgatar. Mas não tô dando conta nem desses dois. É terrível esse sentimento de impotência.
E eu tento gente. Não é como se eu só reclamasse. Mas nada é fácil...

terça-feira, 7 de setembro de 2010

One, two, Freddy is coming for you...

Ontem, em mais uma noite insone, eu comecei a sentir umas coisas bizarras. Primeiro, eu via vultos no meu quarto, o que não chega a me assustar, pois meu olho - cagado como é - tem um lance chamado "moscas volantes" (glooglem [do verbo googlar]), então, imaginei que devia ser isso. Quer dizer, é isso. Antes de descobrir este problema, eu achava que via criaturas rastejando pelas paredes, até que percebi que na verdade, eram os tais problemas na minha visão. It ain't that easy being me.
Aí, deitei na cama, rolei no hiperatismo de um lado pro outro pelo colchão, até que senti a mão de alguém nas minhas costas, virei no mesmo segundo, num pulo-rodopio-duplo-twist-carpado ou algo similar com esta descrição, certa de que era minha mãe, pedindo a Deus que fosse minha mãe, mas na verdade era... ninguém. Aí pronto, entrei no cagaço. Contagem regressiva pra 3 da manhã. Eu lá, xingando o Eminem na minha cabeça e nada de pegar no sono. Se espalha a loção na pele, se faz sempre que é mandado. Resolvi ligar a TV e colocar no timer pra desligar daí 15 minutos. It puts the lotion on its skin, or it gets the hose again. Foi então que ouvi o controle mexendo na minha gaveta (que fica no corpo da cama), virei rapidão, achando que era o Justin, pedindo a Deus que fosse o Justin, já que ele fuça lá sempre que deixo aberto, de novo, não era ninguém. Porém, o controle realmente havia mexido. Tipo, falei pra mim mesma que minha casa devia ser inclinada e eu nunca havia percebido, que o controle tinha apenas deslizado, pois isso é uma regra clara da gravidade. Claro, não acreditei em nada do que tentei me convencer, mas apelei pro meu ultimo recurso quando não consigo pegar no sono: fantasiar com o Cristiano Ronaldo. Pronto, lá estava ele, todo lindo, deitado na cama me esperando com as sobrancelhas feitas, quando, quem me aparece do lado dele? Jeffrey Dahmer com uma furadeira. Fucking shit! Não tenho controle nem dos meus pensamentos. No meio disso tudo eu peguei no sono e bem... Foi isso.
Uma vez, coloquei no twitter que sou tipo Dr. House e não acredito em nada desse tipo. Bom, é uma meia verdade. Já que eu não sou, mas queria ser.
Hoje o Justin ficou latindo na sala e derrubou algo que fez o maior barulho, quando fui ver, era uma furadeira que estava em cima da mesa. Escapou até um pouco de mijo quando vi aquilo no chão com o cachorro latindo do lado. Amanhã checo com a minha mãe, por que the fuck aquilo estava lá.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

M.E.D.O.

MEDO de mim mesma. Vou tentar ser rápida pois é mais de 1 da manhã e acordei cedo hoje, mesmo tendo ido dormir as 4 da manhã, depois de passar a noite no MSN com um gringo louco, careca, exibicionista que lembrava o AMi JAmes e gostava de mostrar sua careca de baixo na webcam. Ok, mentira. Ok, não é. Ok, vamos ao post. Mano, juro que esqueci! Ah tá lembrei!
Quando eu tinha 14 anos, minha amiga Clau vinha aqui em casa direto, depois da escola, pra a gente gravar filmes de terror caseiros na minha filmadora JVC (já ultrapassada pra época, mas que vivia grudada na minha cabeça registrando tudo). Um belo dia ela estava indo embora, quando escorregou na rampa da saída da minha casa (havia chovido aquele dia) e caiu de bunda naquele estilão tio cachaceiro, sabe? Pernas pro alto, cu no asfalto (eu devia ser rapper, fala sério). Como foi uma queda boba (pelo menos pra mim que na época assistia Jackass e não me chocava com nada) eu comecei a dar risada dela ao invés de ajudar ela a se levantar. Nisso, o Jean me olhou com um desprezo, como se ele fosse um padre e eu uma puta e disse "você ri?". Nessa hora eu me senti mal! Se até o Jean tava me achando sem noção, eu devia mesmo ter sido Joselita aquela hora. Isso veio me assombrar anos depois.

Pula pra 2009, início do ano. Eu sonhei com esta mesma cena, mas no meu sonho, digo, pesadelo, a Clau depois de cair, batia a cabeça e morria. Eu, por algum motivo, achei que ninguém acreditaria que se tratava de um acidente e pensei que o melhor a fazer, era sumir com o corpo para não ser acusada de assassinato e então, cortei ela em pedaços e enterrei no quintal. Foi quando acordei, mas acordei... mais ou menos. Era uma angustia enorme e eu não havia me tocado que era tudo um sonho... levantei desesperada e pensando "como eu simplesmente enterrei ela lá? TENHO QUE CIMENTAR AQUELA PORRA!" E fui calçando os chinelos pra ir comprar cimento. Só Deus sabe o ALÍVIO absurdo que foi me dar conta segundos depois de que nada daquilo havia mesmo acontecido. Até entrei no orkut só pra checar se ela tava viva mesmo, de tão real que foi a parada.

Aí tá... muda de cena pra semana passada, eu e minha irmã C. assistindo jornal, quando mencionam como teria sido o assassinato da Eliza, amante do goleiro Bruno e divulgam os relatos de que o corpo teria sido parte dado a rottweilers e parte... cimentado. Minha irmã diz, olhando pra TV... "que gente doente..." e eu "errr... é."

Outra cena agora, a de um post que fiz num blog antigo, quando tinha 18 anos (na época da outra Copa). Obs.: Tirei o nome da pessoa, porque não falo mais com ela, aí vai que na cagada-Murphy ela morre e eu fico como suspeita...? (toc toc toc na madeira)


"não se assustem, é um texto de humor negro... bem negro, quase azul.

Malandra que sou (e boçal também), tenho um perfil fake no orkut... com a foto de um cara sarado, provável ator de filme pornô gay (são sempre os mais gostosos [me refiro aos atores, não aos filmes] {nada contra os gays}), o qual eu dei o nome de Ricardo VintCentimet... através dele eu marco encontros com garotinhas taradas, procurando desesperadamente por sexo... como essa daí na foto comigo. O nome dela é ****... cheguei no lugar marcado e disse "olha, sou irmã do Rick, ele não pode vir, mas ficou preocupado que você pudesse achar que ele te deu bolo e me mandou avisar pessoalmente), nesse meio tempo disse umas bobagens engraçadinhas e tirei essa foto com ela, depois... ofereci uma carona! Aí é que o negócio ficou interessante, parei próxima à um terreno baldio... e fiquei olhando a cara dela de desconfiada, nisso tirei minha faca do porta-luvas e a mandei sair do carro... Deis uns golpes na canela dela já dentro do terreno, assim ela não poderia fugir para muito longe e enfiei minha sombrinha que estava no carro na boca dela, para que ela não gritasse... minutos depois ela já tinha perdido muito sangue e eu passei a dessossa-la... a cortei em vários pedaços e larguei lá!
Quando voltava para o carro vi uns cachorros de rua entrando no terreno, tenho certeza que eles tiveram uma boa refeição... e até hoje nunca ouvi nada sobre o assunto, nem no jornal... Por isso que eu amo o Brasil!"


Escrito por Nazuza Zidane às 10:54 PM
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AÍ EU VOLTO A DIZER: MEDO, MUITO MEDO DE MIM! (o Macarrão ainda é ex-policial, ? nem vou dizer onde cogitei entrar este ano)

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

VMB 2009





Bom, vamô lá...

Pra começar, quero dedicar este post ao nosso salvador, também conhecido como, o bom samaritano do ônibus Capelinha.

Let’s go...

Já me senti satisfeita em saber que teria tempo de assistir The Big bang Theory (meu novo vício e série qual sinto uma identificação enorme com alguns personagens), antes de ir ao VMB ontem.

Eu e a Glê nos encontramos e o primeiro drama da noite (ia ter drama, a gente sabia, era só uma questão de identificar qual seria o primeiro...) foi no terminal Anhangabaú.

Aparentemente, existem 2 ônibus chamados “Term. Capelinha” e a SPTrans, fez o favor de inverter os itinerários deles no site. Long story short: um momento lindo, que mostra a solidariedade do povo brasileiro! Eis que uns 10 passageiros, por espontânea vontade, começam a discutir gentilmente, sobre qual seria o melhor ponto pra a gente descer. Pessoas que nunca se viram na vida, trocando idéias e informações... para auxiliar-nos em nosso conforto e praticidade pra chegar ao Credcard Hall. Nosso salvador estava no meio. Ele, praticamente nos levou até o lugar, saindo de seu trajeto habitual, para nos guiar em meio a marginal. Se ele queria sexo em troca, azar o dele. Mas a boa ação do mês foi realizada de forma esplêndida. Chegamos ao local sã e salvas. OK, não sem antes atravessarmos uma passarela que parecia que ia desmoronar e nos deixar cair naquele rio de merda mole. O que felizmente, como vocês podem deduzir, não aconteceu.

Ao entramos no lugar, a Glê quis dar um mijão. O banheiro de lá era até grande e cheio de espelhos. Eu, com minha habilidade de segurar o xixi (que segundo a minha irmã, futuramente me trará uma cistite fodida), fiquei lá, ajeitando a peruca, quando entram 3 biscatonas de marca maior. Pareciam 3 strippers, 3 garotas de programa, 3 mulheres da vida. Fiquei me perguntando com quem elas estavam, mas juro, que me surpreendi (e nem sei por que) ao descobrir que era com... NXZERO. Juro! O loiro/ruivo tá melhor do que eu imaginava com a Pitty (e olha que pra você estar bem com a Pitty...).

Enfim, chegamos em cima da hora, mas o snake pit tava pela metade.
Os momentos mais lindos foram...

O Cine sendo vaiado loucamente “uh, Cine, vai toma no cu” e “viadinhos, viadinhos” em coral.

Show do Massacration. Mestre Falcão e a múmia gorda… (era o Felipe, né?)

Emo louco (Fresno) e Miozinho (chatice), dando mosh, bem em cima de onde a gente tava (tomei um banho caprichado depois).

Observar os artistas sentados durante os comercias e rir da cara deles. O Supla é uma piada ambulante. O Gentili sentou atrás do Mion, na mesma fileira que o Theo Becker, mais ao lado Tas e Cortez.


JaRule tava com um relógio que dava pra eu comprar um carro... “JaRule mothafucka, give me your watch”. Não acho que ele ouviu. Uma pena, pois aposto que ele me atenderia, OK?

Theo Becker (meu Deus, o cara é muito lindo, pode ser surtado [melhor ainda], mas meldels, que... que... tesãodehomi!) e Adnet juntos! Pelo pouco que ouvi (é, o áudio pra quem tava lá era uma merda), foi hilária aquela apresentação.

Sthefany Cross Fox, ovacionada! “Absoluta, absoluta!” – Como assim ela não ganhou?

Mion cagalhão fazendo discurso de meia hora, depois do prêmio consolação (meeeeeeew, twitter do ano, era do Gentili e ponto final!) e a platéia de saco cheio!

Kiabbo (Felipe Ricotta) tirar a mascara e jogar pra platéia, assim que a câmera saiu dele pra... FRANZ FERDINAND!!!!!!!!!!!!!!(só coloquei em capas pra fazer tipo, nem curto)

Ahhh, sei lá, foi um monte de coisa...
Ainda me dei o direito de beber até ficar zonza, quando cheguei na minha irmã e eu a Glê fizemos a sessão filosofias da vida antes de dormir... quer dizer, ela dormiu né? Eu fiquei acordada, insone, as usual e tive o prazer de ter este diálogo com ela sonâmbula de madrugada:

Glê: - Não faço idéia!
Nazuza: - Do que?
- De quem é a mulher!
- Que mulher?
- Do Massacration!
- Que mulher do Massacration????
- Não tem uma mulher...?
- .... AUHAUAHAUAHAUHAUAHUAHAUAHA

To esquecendo de por um monte de coisa e o post tá uma bagunça. Mas foda-se. Foi foda, apesar dos emos pesares.

Ano que vem, minha fitinha de credencial vai ter a abreviação de VIP nela. Very Idiot Person. Desde que eu possa sentar, tá valendo.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Eu me lembro como se fosse hoje. Foi provavelmente o início de um dos piores domingos da minha vida. Era de madrugada, antes de uma viagem a trabalho e eu estava sozinha, tentando dormir no carro de uma maquiadora filha da puta, estacionado no estúdio de um fotógrafo famoso. A vaca tinha saído e deixado o rádio ligado numa daquelas rádios que só tocam MPB. Ela queria me matar aos poucos. Eu me revirava na merda do banco, mas não conseguia dormir por nada. Em pouco tempo eu ia entrar em uma vã, com uma equipe chatíssima, pra locação de um ensaio fotografico entediante e só voltaria a noite. Eu queria dormir as poucas horas que fossem, pra por um momento, esquecer que estava ali.

Até que começou a tocar uma música - que mesmo não querendo - eu acabei prestando atenção na letra.

Daí... que eu não acho justo que só eu tenha que passar por essas coisas na minha vida e resolvi postar a música aqui, pra quem sabe, um de vocês ler a letra até o final e sentir a mesma vontade que eu tive, de roubar aquela merda de carro e voltar pra casa, me trancar no quarto, vomitar na cama e dormir em cima.



Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego

Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público

Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado

Por esse pão pra comer, por esse chão prá dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir,
Deus lhe pague
Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir
Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair,
Deus lhe pagueItálico
Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir,
Deus lhe pague










ME.MATAR.AOS.POUCOS.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Got herpes?

Vou contar uma coisa aqui, mas fica entre nós? OK?
Esses dias tava maquiando um modelo (lindo pra caralho), quando ele mencionou, meio sem graça, que estava com 2 "espinhas" próximas da boca. Até então, eu nem tinha reparado naquilo, mas assim que ele falou, olhei e vi: herpes! A princesa achava que ia me dizer que aquilo era espinha e eu ia acreditar, ? Tá... então conta essa pro pessoal do meu colégio, que dizia que eu só dava cata em mendigo por que vivia com a boca estourada (tenha nojo de mim, eu gosto). Eu reconheço uma herpes de loooooooooonge. Daí tomei o cuidado de usar um material descartável na hora de passar corretivo e tal. Passou um tempo e o bonito me volta com uma produtora (chata pra caralho) dizendo que ele precisava refazer a maquiagem, por que ele tinha lavado o rosto (pois teve que fazer a barba [ele nem tinha, era pura frescura]) e como disse a produtora-vaca "tem que ser rápido, gata!". Por que todo mundo nesse meio fala assim? Homem e mulher, mesmo jeito de falar... é só "gata", "gato" e o único elogio que existe... "arrasou". Limita-se a isso. Mas enfim, voltando... Na pressa, esqueci da herpes do modelo e passei uma base rápida, por todo o rosto, quando vi, tava cobrindo aquela porra com meu pincel mesmo... pensei "ai, caceta! tenho que limpar bem isso, herpes passa que é uma beleza, em mim então, pego até por telefone". Depois disso, guardei meu material e só fui abrir de novo no Guarujá, isso, pra me maquiar, pois os outros modelos, eu havia usado produtos de outra maquiadora. Tava no banheiro do lugar, espalhando base na minha cara de cu, cansada e doente (que eu tava mesmo) e nem lembrei que aquele era o pincel "contaminado". Daí acordei hoje coma boca estourada. Nunca tive tanta herpes assim. Tá coçando que não aguento. É em cima, em baixo... aff. Até fiz um update no twitter contando ( nem aí pra o que vão pensar, ninguém fica com a impressão certa de mim, independente do que eu diga ou faça), mas até então, achava que era devido ao frio, ao stress dos últimos dias. Mas, quando fui desfazer minha mala há pouco e peguei meu estojo de maquiagem, foi quando - bom bom pum - não, nada caiu no chão, nem começou a tocar Black Eyes Peas, esse foi o barulho da ficha caindo, do por que da minha boca estar assim. O que me assusta, é que se não me engano, existem vários tipos de herpes, eu sempre tive o mais inofensivo, causado pelo emocional mesmo. Mas o estado de agora, é diferente, por isso tô desconfiada que tenha pegado assim e não por outros motivos que havia pensado a principio. Só falta aquele modelo ter chupado rôla do Pit Garcia e ter me passado algo mais grave. Se era pra foder, que fosse me dando um belo beijo de cinema mesmo, passa herpes até pra garganta). Pegar essa porra indiretamente é mais loser ainda. Realmente... arrasei.

http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/herpeslabial.shtml

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Posts que nuncam foram postados....


...até hoje.



"- Lembra daquela vez que você foi pedir açai e disse que não queria com batatas? Hahahaha!
- Não lembro, mas é capaz, não gosto muito de batata no açai...
- É banana!
- Ah é, banana, não gosto de banana no açai..."


"Quando as coisas começam a dar errado...
Fui almoçar e no caminho do restaurante, cruzei com 2 funcionários de onde eu trabalho, um deles, tentando ser simpático falou.. “e aí Nathalia, vamô pro happy hour depois?” e eu com pressa, fome e assando nesse calor satanico, apenas respondi “não..” . Só depois de alguns minutos, percebi o nível de antipatia que isso deve ter passado. Logo em seguida, o nível azarento que me perseguia, só aumentou... me deparei com um panfleteiro porra louca, que entrega papel fumando e com cara de mau... vejo esse rapaz sempre e honestamente, tenho medo dele. Chegay no restaurante e depois de almoçar-quase-vomitando, pois comi assistindo o horário político (ou olhava pra TV, ou pro cofre do gordão na mesa de frente) eu fui pagar minha refeição, quando ouvi em um tom áspero.... “seu cartão está sem saldo..”. me baixou um Hermes e Renato na cabeça... só conseguia pensar “PUTA QUE PARIO, PUTA QUE PARIO”. Falei com a caixa, expliquei que sou cagada, mas não ladra, que sou gorda, mas que pago pela comida que me embanhece, ela foi compreensiva e me liberou de boa... voltando pra empresa, mais uma vez cruzei com o panfleteiro do mal e tudo isso, vejam bem, mancando, pois desde o dia 2, quando torci o pé esquerdo na estação sé, eu não consigo andar direito. Fui até minha sala, catei a grana e voltei pra frigideira de asfalto, que alguns chama de rua, vi o panfleteiro pela 3ª vez, paguei aquela porra de almoço de pedreiro e então vi o desgraçado do panfleteiro pela 4ª vez.. que a essa altura, já chava que eu estava rondando a região pra paquerar ele (ou que na verdade, eu queria roubar seus precisos planfletos).
Essa é minha vida, galera de meu deus... comer sem pagar, tratar mal meus companheiros de trabalho e paquerar panfleteiros serial killers."

"Sim, mas é claro... Eu fui ao show de PARAMORE. Como eu perderia? Assim que soube que eles viriam, eu senti no meu corazon de melon (to parecendo um crente latino falando) que deveria ir. Algo como... se eu não for, estarei indo contra as leis do universo e dando início a um caos mundial. Ok, deixa eu apagar meu baseado pra continuar o post... uahauhauaha
Saí do trabalho e pegay um táxi até o Credicard Hall. Chegay lá e claro, dei de cara com to-do-ti-po-de-gen-te. Me lembro de olhar pra um pessoal, vestido de maneira agressiva, como se estivessem indo à um show do Iron Maiden e pensar “mew, nunca que eu ia achar que esses seres curtem Paramore”, pois convenhamos que é uma banda pop-rock. Acho compreensivo fãs emos, fãs “from U.K.”, fãs normais (me refiro a jeans e camiseta preta, estilo seu Madruga, meu modo preferido de me vestir), agora, tinha uns mano com jaqueta de couro, com pixações de bandas punks dos anos 80... Tosco saber que tem gente que vai assim ao show de uma banda totalmente teen. Mas beleza, né? Na real, quem sou eu pra falar alguma coisa!Tenho Misfits e Britney Spears na playlist do MP4.
Tentei me encontrar no meio da suruba de cabelo coloridos e perguntei a um segurança “onde é o fim da fila, se é que ele existe?” daí ele respondeu brincando “é aqui mesmo”, sendo que eu não estava nem na metade dela, mas a galera de lá me disse que eu podia ficar de boa. Jane e Márcio estavam lá desde cedíssimo, a Jane inclusive, parecia um camarão! Quando nos mostrou o braço, eu e o Márcio falamos um “nooooffaaa!!” em tão perfeita sincronia, que parecia aquela vinheta do Pânico. Também tinha um pessoal muito “deixa a vida me levar, vida leva eu”, que chegaram lá sem um puto no bolso, pra mendigar uns trocados e na sorte conseguir comprar um ingresso de cambista... e para aqueles que não conseguiram, o jeito foi pegar a grana “arrecadada” e encher a cara. Vi um tio muito escroto, já devia ter uns 35 anos, 4 filhos e 2 ex-mulheres, cabelinho descolorido, franjinha de lado, pagando de adolescente, se anunciava hetero com orgulho, mas se aquilo ali não queima, nada nesse mundo um dia será queimado... ele tava com uma garrafa de fanta uva, misturada com pinga, dando uma de porra-loka. Nossa, se a mãe dele descobre, hein, gente?
Conheci uma galera que veio de Campinas e eu ficava mó sem graça quando tava trocando uma idéia e faziam a clássica pergunta “você ta aqui desde que horas?”. Ia responder o que? “Ahh... acabei de chegar, você que é trouxa de ter madrugado, hehehe”. Quem passou por lá, sabe Deus por quê, foi o Lucas do Fresno e sua calça esmagadora de rôla. Algumas meninas (muito mongas por sinal) perderam o lugar que guardavam há horas na fila, pois saíram correndo atrás dele... à toa, já que o miguxo deu o fora rapidíssimo, assim que ouviu os primeiros gritos histéricos.
Choveu para a tristeza das franjas emos espalhadas pelo local e os portões só se abriram as 21:30, junto com a surpresa de que aquela fila, era na verdade a da platéia, sendo que geral que estava plantado lá há horas, tinha ingresso pra pista. Confusão, estresse, choradeira, empurra-empurra geral. No final, eu, assim como várias outras pessoas, acabei entrando antes mesmo, de gente que estava acampando lá desde sexta. Haja revolta da parte deles, mas àquele ponto, não havia muito que se fazer. E em pique de estação Sé as 18hs, entrei no Credicard Hall. Foi como um de já vu da primeira vez que entrei no Via Funchal. Achei meu lugar ao sol, na região central da pista e aí, era só aguardar o que estava por vir e como veio (ui!). Primeiro, a banda de abertura River Rade, o som deles é muito bom, mesmo! O que me deixou impressionada, pois ainda assim, haviam aqueles (minoria vai...) que vaiavam e xingavam. Bandetrouxa. Paramore chegou ao palco, Hayley doente, cuspindo igual uma louca... fuckin' awesome! Ainda assim, cantou pra porra, bateu cabeça, fez suas dancinhas e ao invés do classico "we are Paramore" ela disse "nôs sômos Paramore" (a acentuação é tentar mostrar o sotaque). Show curto, mas bom. Tomei chuva em um dos momentos mais lindos da minha vida, até o táxi para ir embora... eu e meu red bull. Cai da cama e quase quebrei o braço aquela noite. Fui trabalhar parecendo a Elba Ramalho, ou um anjo (como disse uma doce funcionária da minha empresa) e tomei tanto energético pra não capotar no expediente, que comecei a tremer e passar mal... mas sobrevivi e hoje , dois dias depois, acho tudo lindo."


"Odeio perder as coisas. Eu me apego a elas, essa que é a verdade. Perdi Pipis IV! Fiquei em choque! Foi como perder parte de mim, até porque ele ficava pendurado em um pedaço de carne no meu nariz. Espero que ele esteja em um lugar melhor... no céus dos piercings, seja lá onde for.
Também perdi o macaquinho que veio pendurado na minha bolsa nova. Em menos de uma semana, nós tivemos uma relação de amor é ódio. Primeiro, eu o achava feio, o apelidei de Genivaldo, pensava em arrancá-lo e deixar ele de lado. Até que fui vendo seu charme. Ele tinha uma franjinha emo do lado direito, que eu, trouxa como sou, achava que era uma orelha. Me revoltava “só porque foi barato, eles vendem com defeito”, até que a Doki me mostrou “sua mula, isso é o cabelo dele, as orelhas são essas aqui!!”. Agora, ele se foi... Sabe-se lá por onde anda, se passa frio ou fome. Volto a dizer, mesmo que em tom de brincadeira: ODEIO PERDER AS COISAS."



terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Piggy!

Minha amiga, Heloísa, me chamou para uma festa a fantasia. Um simples convite me fez regressar no tempo, 14 anos atrás, Nazuzinha com 6 anos de idade, estudava em uma escola de burgueses, ela e seu sobrinho, eram os pé rapados da escolinha. De sexta-feira, era liberado levar salgadinho e brinquedinhos... enquanto a maioria das crianças levava cheetos e brinquedos modernos pra época, nós levamos biscoito de polvilho, uma boneca velha e um carrinho sem roda. Eles levavam refrigerante, a gente groselha. Mas o auge do rídiculo foi na festa a fantasia que rolou aquele ano, todas as crianças super felizes... piratas, cinderelas, batmans e fadinhas...
E eu e o Jeanta, meus caros? Meus pais compraram um mascara, daquelas de papel com elástico, vejam bem, com o rosto de um... PORCO! E o que vestimos? Ele um terno do meu pai e eu um vestido da minha mãe! Daí na hora do desfile, a professora nos anúnciou "com vocês na passarela, srº e srª porca!" UAHAUAHAUAHAUHAUAHAAU
Engraçado, que na época eu amei aquele dia! Só hoje em dia me toco da decadencia que foi aquilo.

Eu preciso dirigir um "everybody hates Nazuza"


UPDATE 25/01/09
Não fui à festa que a Helo me chamou, pois não achei minha peruca da rosa (ela SUMIUUUUUUUU). Eu ia ir de crazy-drunk-bald-Britney Spears :(

domingo, 21 de dezembro de 2008

Sabe quando você está meio mal, mas não quer que ninguém perceba, então tenta agir o mais natural possível, até que alguém vira do nada e pergunta "o que é que cê tem?" e você se da conta de que é uma daquelas pessoas que não é capaz de esconder seus sentimentos. Sua cara é um livro aberto.

Então... tava lembrando de algo que aconteceu comigo, no dia que consegui meu 2º emprego (há 3 anos)... eu achava que estava feliz, achava que estava tudo indo bem, mas por dentro estava é puta, pois eu nunca quis trabalhar sem ser com arte (independente de qual fosse) e esse meu emprego era de auxiliar administrativo bilingue - ou seja, eu sabia que estava condenada a passar meus próximos dias trancada em uma sala de escritório e que Deus tivesse piedade da minha jovem alma. Mas ainda assim, eu fingia que estava tudo bem, sorri ao sair de casa e ao chegar na empresa, fiz cara de interessada e coloquei ânimo na minha voz ao dar "bom dia", ninguém iria notar que eu estava odiando tudo, eu achava que estava fazendo um papel tão bom, que tinha conseguido enganar a mim mesma. Até que o expediente acabou e ao ir embora, a megéra da mulher do chefe se despediu de mim dizendo "até amanhã, tente vir um pouco mais animadinha... rsrs". Me lembro de ter pensado mentalmente "para isso eu teria que trazer uma bomba"!