quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Eu tenho certeza que há uma explicação lógica pra tudo isso que vou contar.

Ou simplesmente não

Este ano começou (e foi desde o dia 1 mesmo) com coincidências bizarras. Pensei até que era uma coincidência tantas coincidências.
As últimas porém, foram um tanto assustadoras. Esta semana, sonhei que havia encontrado um gato sem um olho. Nisso eu pegava ele no colo para socorrer e uma mulher vinha com uma faca tentar arrancar o outro olho. Eu tentava impedir, mas ela conseguiu, depois esfaquear minha mão, deixar ele sem os dois olhos. No final deste pesadelo, eu levava, chorando, o gato à um veterinário. O sonho ficou na minha cabeça e foi a primeira coisa que mencionei com a minha irmã na manhã seguinte. Peguei até o Ringo no colo enquanto contava. Nesse mesmo dia, a tarde, vi por retweet, que a ANDA estava divulgando o caso de um gato no RS, que havia tido os olhos arrancados e estava com pontos no lugar deles, se recuperando e para adoção. Por incrível que pareça, na hora, não lembrei do meu sonho, só mais a tarde me veio tudo a cabeça e eu fiz a ligação. “Que coincidência horrível…”. 

Hoje pela manhã, eu passei um belo sufoco. Um cão, lindo, branco, lembrava até o Justin, mas era vira-lata, entrou na estação do metrô, driblou os funcionários e desceu para a plataforma. Eu, fui atrás é claro, quando cheguei perto dele, o metrô estava parado, todos olhavam pra ele que abanava o rabo feliz. Um cara, bem corajoso eu diria, segurou ele com cuidado pela pele da parte de trás do pescoço, até um funcionário vir com o enforcador para retirar ele de lá. O cão era manso, fofo e tinha uma expressão de assustado quando foi colocado a coleira para arrasta-lo pra fora. Foi de partir o coração. Queria tanto poder adotá-lo.

Desci do metrô deprimida e irritada. Fui caminhando até o trabalho quando reparei em algo no meu braço, foi como um flash, eu vi sangue no meu braço. Olhei melhor e claro, não tinha mancha de nada. Desencanei. Depois de menos de uma hora no trabalho, minha irmã me liga “Nathalia, desce, rápido”. Não perguntei o que era. Eu sabia o que era. Algum animal machucado, alguma coisa do tipo, só podia ser...
Desci pelas escadas e ao chegar na rua, vi pessoas em um circulo, incluindo minha irmã. Eles cercavam um gato siamês, enorme, que havia sido atropelado. Ninguém queria pegar ele, que mal se movimentava, minha irmã tinha medo de machucar ele ainda mais, eu agi com certo impulso, mas lembrei de umas aulas de primeiros socorros que tive, pensei “será que isso vale para um animal?”, e peguei ele nos braços, com jeito, para que o pescoço não ficasse pendurado e que não entortasse a coluna. Fomos até o veterinário mais próximo e enquanto ele examinava o gato, minha irmã me avisou “nossa, Nathalia... olha o seu braço!” quando olhei, parecia um deja vu. Foi um sentimento assustador. Era a mesma mancha de sangue que havia visto no flash.
O gato, que na verdade, é uma gata, com certeza tem dono. Bem cuidada, grande, gordinha, linda. Está internada em observação, pois sofreu um traumatismo entre outras coisas. Ela ficará assim até terça, quando vão dizer o que pode ser feito.

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