sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Pit bull is the new Doberman

Sei que o texto a seguir é confuso, ainda mais pra quem não assistiu o programa do qual eu falo nele. Mas não é uma matéria na Época, é um desabafo em um blog.

Eu gosto muito daquele programa da Band "Polícia 24 Horas". Ontem em compensação, eles exibiram o caso que eu mais detestei assistir. Foram chamados para separar dois cachorros brigando, um pit bull e o outro, não sei a raça. Fiquei impressionada com a... quer saber, vou colocar assim mesmo: COVARDIA das pessoas ao redor. Os cachorros estavam naquela briga há 40 minutos e ninguém fazia nada, ninguém agia com rapidez ou com o mínimo de inteligência (NÃO SOMOS NÓS OS RACIONAIS???). Em uma tentativa patética de separá-los, um policial tacou o cabo de um rodo na cabeça do pit bull. Claro, não adiantou nada. O pit bull era quem comandava a briga, dava para perceber. Mas será que alguém mais notou que não havia sangue? Digo isso, porque numa briga de verdade, se aquele pit bull realmente quisesse matar aquele cachorro, haveria sangue e pedaços de orelha espalhados pelo chão. Meu pit bull, o Justin, escapou uma vez e correu no cachorro do vizinho, que vivia se "exibindo", solto, sem coleira (por aí já se percebe o nível dos donos) e passeando em frente ao portão da minha casa, deixando o Justin louco! Minha mãe saiu correndo e encontrou os cachorros se pegando, exatamente como na TV: Não havia sangue! Só baba! Minha mãe, que não é covarde, simplesmente separou a briga. Pode ter sido por impulso e arriscado, já que ela não sabia se o cachorro do vizinho era vacinado ou não, mas nada aconteceu. Ela os separou, puxou o Justin pra casa e verificou o estado deles. Tudo normal, apenas baba.
Pit bull realmente é um animal forte. Não é qualquer idiota por aí que tem condições de cuidar de um. Tem que ter muito controle e respeito com animal!
No tal "caso policial" de ontem, o pit bull fazia o que queria com o outro cachorro, mordia, puxava, chacoalhava com cabeça e abanava o rabo. Pra ele, aquilo era uma brincadeira. Volto a dizer, não havia sangue, se fosse briga de verdade, haveria um mar vermelho. O outro cachorro estava assustado, é claro e não conseguia sair daquela situação. Uma das moradoras, pedia para o policial MATAR o pit bill. Sim, você leva um cachorro de grande porte para a sua casa, não adestra, não controla, larga ele com outro animal e se algo der errado, faz voz de choro e manda matar. Ok. No mínimo, eram dois machos e nenhum deles castrado. A situação era pra ser pior do que foi.
Um pessoal da rua, provavelmente percebendo a falta de preparo absurda dos policias, soltaram uma bomba na calçada, para que o barulho assustasse e separasse os cachorros. Parece que deu certo, pois em seguida, conseguiram resgatar um animal e deixaram o pit bull preso no quintal. Ele continuava numa postura de "brincadeira", continuava abanando o rabo e latindo. Trata-se de um ser irracional! Será que as pessoas não entendem isso? Já comparam o cérebro de alguns animais, com o de autistas. Em casos severos de autismo, as pessoas são bastante violentas. Será que a solução para elas então seria essa? Bater com um cabo na cabeça ou mandar matar? Ah, mas trata-se de um humano, ? É diferente. É? E aí? A dor não é a mesma? A (falta de) conciência de certo ou errado não é parecida? Pois é.

Bom, no caso de dois cachorros se pegando (com sangue ou baba) uma das maneiras de se separar é com extintor de incêndio. A principio, não precisa ser diretamente neles, pois só a fumaça e o barulho já são suficientes para assustar os bichos e separa-los.
Não tinha extintor na viatura da polícia? Em nenhum lugar do bairro? precisava estender aquilo por 40 minutos? Outra opção é duas pessoas cercarem os animais e cada uma pegar um pelas patas de trás, é bem mais complicado, mas uma vez que você segura um cachorro pelas patas traseiras, ele não consegue te alcançar para morder.
Enfim...
é isso.

No final, a dona não deixou que levassem o cachorro para ser sacrificado. Graças a Deus! Mesmo com a insistência do policial bocó e inútil e disse que o levaria pra casa dela, onde não havia outro cachorro. Quanto ao outro animal, a maior vítima da história toda, ele parecia cansado, assustado e dolorido. Não é pra menos. Disseram que o levariam ao veterinário. Espero que seja verdade.

Pit bulls são dóceis, mas não são pra qualquer um. Tem que cuidar, por tela no portão, educar o cachorro e muitas vezes, educar aqueles que passam ao redor. Para que não percam o dedo como aconteceu com uma senhora, neste mesmo caso que contei a cima.

Acho que nós humanos, em maioria, ainda não estamos preparados para lidar com animais. A falta de respeito e de compreensão para/com eles, é lamentável... pra não dizer assustadora.


Um comentário:

Anônimo disse...

Olha achei ótima essa postagem, também tenho um Pit Bull que é muito dócil com as pessoas e convive com um pastor alemão e se dão muito bem. O problema são os cachorros que ficam soltos na rua e ficam perambulando de lá para cá em frente ao portão de minha casa, e um dia ele acabou escapando quando abri o portão para sair com o carro,aí ele acabou atacando um cachorro que estava na rua, foi díficil conseguir tirar ele, mas como a responsabilidade era minha,eu agarrei na coleira dele e meu marido pegou pelas patas de trás e conseguimos fazer com ele largasse o outro cachorro, foi arriscado mas na hora tinha que fazer algo, já que a irresponsabilidade foi minha de verificar que ele não estava preso antes de abrir o portão. Quis levar o outro cachorro ao veterinário, mas o dono muito bravo não quis e pediu para eu comprar o remédio e ainda me xingou um monte,se bem que o cachorro dele vive solto na rua.